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Centros Culturais

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“O Rio entrará na civilização do Lazer com 45 centros culturais”

E com esse ambicioso programa que Bernardes anuncia a sua civilização do Lazer no projeto Rio do Futuro em 1965. Já prevendo o “ócio criativo”, com a conquista do tempo livre pela automação, mas também preocupado com a solidão gerada pelo individualismo, Bernardes propõe a multiplicação de “pequenos lugares de encontro”. Embora os espaços culturais propostos por ele tenham grandes dimensões, é importante entender que fazem parte de um complexo cultural, formado por espaços independentes : “O colossal somente será humano se resultar da soma dos singelos. Assim, a fim de promover a convivência universal (o homem contemporâneo no individualismo ou no coletivismo continua solitário), multiplicando-se os pequenos lugares de encontro.”

Espaço Cultural da Paraíba
Espaço Cultural José Lins do Rêgo
João Pessoa, Paraíba,

1979-83

Foi concebido como uma grande praça coberta, “Praça do Povo”, espaço de encontro, cultura e expressão aberta à cidade. Disposta em níveis e com circulação através de rampas, a praça soma área total de aproximadamente 32 mil metros quadrados. Esse grande espaço coberto por uma estrutura de malha poligonal que avança em grande vãos de 60 metros foi concebido com áreas independentes para abrigar diversos equipamentos culturais como Centros de convenções, cinemas, teatros, planetário, bibliotecas, áreas de exposição, lojas e etc. 

Microclima : Como em todos seus projetos, Bernardes busca o bem estar ambiental e para manter um microclima interno vai dispor 64 árvores distribuídas de acordo com a modulação da estrutura. 

Arquitetura e desenho industrial : Também são de Bernardes os desenhos das luminárias esféricas da praça, as placas acústicas do teatro de arena e as poltronas Rampas do Planetário.

Parc de la Villete
1981

Provocado por um concurso internacional sob o tema da reabilitação de um espaço urbano degradado e como transformá-lo em espaço de cultura e lazer, Bernardes projeta uma área descoberta com 17 vulcões, como taludes ajardinados, todos com ambientes subterrâneos sob as crateras e que seriam controlados termicamente e dotados de iluminação zenital. Essa busca em integrar arquitetura e paisagem é emblemático de como o pensamento de Bernardes foi evoluindo na direção de uma arquitetura orgânida e “sem presença”, que se constitui como paisagem.

O equipamento cultural é proposto como espaço ao ar livre, aberto as atividades.

Imagens: Acervo Sergio Bernardes sob custódia NPD/FAU/UFRJ

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