Sala 2
Neste espaço propomos ao visitante uma experimentação, um convite a se deixar levar pelo fluxo de imagens, de informações reunidas para livre associação entre múltiplos registros de sua produção ampla e provocadora.
A arquitetura de Sergio Bernardes desenvolveu-se atrelada a uma abordagem conceitual que transita agilmente entre escalas muito varias. Ancoradas às ideias que envolvem território, política, sistema econômico, meio ambiente e ecologia, inovações tecnológicas, invenções e acima de tudo, ideias prospectivas, suas proposições visavam, sobretudo, o bem estar do homem.
Desde o início dos anos 1950, Sergio Bernardes já evidenciava uma postura multidisciplinar que viria a ser estruturada com a fundação do Laboratório de Investigações Conceituais LIC em 1978.
Dedicando-se à prática, teoria e experimentações, Bernardes olhava para o futuro e explorava as prospecções e possibilidades de transformação das cidades e do território. Explorou outras formas de habitar, de locomoção e de ocupação e não ocupação do espaço. Aprofundou-se na revisão das relações entre o homem e a natureza e da própria existência humana, alcançando sua própria filosofia nomeada de terrismo.
Desmanchava estruturas vigentes, sistemas socioeconômicos e político administrativos e a partir da invenção técnica, unificação do tempo e matriz de progresso humano, reorganizava o território trabalhado como uma trama matemática. Projeto Visarga, Plano da Guanabara, Rio do Futuro, Projeto Brasil, Plano de Nova Iguaçu, Porto Canal, Plano de Aratu, Plano diretor de Taubaté, Plano de Copacabana, Projeto For You Paraty, são reunidos nessa sala através de dois grandes painéis e produção audiovisual.
Imagens: Acervo Sergio Bernardes sob custódia NPD/FAU/UFRJ