
Cronologia
“Arquitetura é o palco dos destinos”


"Eu com três anos e meio fazia os meus brinquedos e eu continuo fazendo os meus brinquedos” - Sergio Bernardes
1939
Ingressa na Faculdade Nacional de Arquitetura no Rio de Janeiro
1919
Sergio Wladimir Bernardes nasce em 9 de abril em Botafogo, Rio de Janeiro
1934
Aos 15 anos projeta a Residência Eduardo Bahout, amigo de seus pais, em Petrópolis
1947
Projeta o Country Club de Petrópolis, seu primeiro projeto publicadoem revista internacional: a revista Architecture Aujourd’Hui dedicado à arquitetura brasileira, em 1952
1949
Conjunto Sanatorial de Curicica
Ocupa o cargo de chefe do Setor de Arquitetura da Campanha Nacional Contra a Tuberculose (CNCT) até 1951

1952
Residência Cincinato Cajado Braga (SP)
Igreja de São Domingos (SP), projeto pelo qual recebeu o prêmio Internacional de Arte Sacra em Darmstadt, na Alemanha, neste mesmo ano



Sergio nos anos 1950 em sua Ilha de Itaoquinha na Baía de Guanabara
1941
Casa com Clarice Ramos Leal. Nascem desta união Christiana Maria Bernardes (1942), Sergio Wladimir Bernardes Filho em (1944) e Claudio Bernardes em (1949)

1948
Diploma-se pela Faculdade Nacional de Arquitetura no Rio de Janeiro
Funda seu próprio escritório. Por volta desse período, Oscar Niemeyer e Sergio compartilham espaços de trabalho
1951
Ao longo dos anos 1950 e 1960 projeta e constrói grande volume de residências e edifícios tornando-se um arquiteto requisitado tendo seus projetos constantemente publicados em revistas de Arquitetura e Urbanismo
Residência Lota Macedo Soares, (Petrópolis, RJ), a primeira residência construída com estrutura metálica do Brasil

Residência Lota Macedo Soares (RJ)
1954

Sergio Bernardes junto à Ferrari no Circuito Maracanã
1955
Ganha o prêmio Jovem Arquiteto Brasileiro na 2ª Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM/SP pela Residência de Lota Macedo Soares, sendo o júri composto pelos arquitetos Alvar Aalto, Walter Gropius e Ernest Rodger
Residência do Arquiteto, cravada numa encosta da av. Niemeyer no Rio de Janeiro. A residência é uma “casa-paisagem” que aproveita a ponta do terreno onde ele construiu o condomínio horizontal “Costa Brava”, composto de oito apartamentos tríplex com área externa, no estilo town-house. O condomínio recebe seu nome após ser reformado em 2019 por seu neto, o arquiteto Thiago Bernardes
1º Prêmio de Habitação pela Residência Hélio Cabal na Trienal de Veneza (ITA)

Residência Hélio Cabal
Residência Paulo Sampaio (RJ)
Pavilhão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para a exposição comemorativa do quarto centenário de São Paulo, no Parque Ibirapuera. O pavilhão, feito com cabos de aço e cobertura tensionada, lançava inovações técnico-construtivas. Atualmente resta apenas uma ponte, da estrutura inicial, como testemunha da qualidade técnica do projeto e do material escolhido

Pavilhão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)

1956
Residência do Arquiteto
Residência Gávea Parque (RJ), posteriormente reformada para Dr. Ivo Pitanguy que nela viveu até a sua morte em 2016
1957
Pavilhão para Feira Internacional da Indústria e Comércio no Rio de Janeiro - Pavilhão de São Cristóvão (RJ). A sua cobertura estruturada por cabos de aço num vão de 30.000 metros quadrados foi considera a maior cobertura do mundo sem apoios intermediários. A falta de manutenção descaracterizou parcialmente o projeto original que ficou sem a sua cobertura. O pavilhão abriga desde 2003 o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a tradicional Feira de São Cristóvão

Pavilhão de
São Cristóvão
Pavilhão de Bruxelas

1959
1958
Pavilhão do Brasil na Exposição Universal em Bruxelas (BEL), ganhadora do prêmio Estrela de Ouro da Exposição Universal e Condecoração de Cavaleiro da Coroa Belga Aeroporto Internacional de Brasília (DF)
Edifício Casa Alta (RJ)
Condomínio de apartamentos construído no Morro do Pasmado em Botafogo, RJ. Precursor da planta livre para moradias residenciais onde o espaço era totalmente entregue sem paredes para que fosse personalizado de acordo com as necessidades e o “programa” de cada proprietário.

Edifício Casa Alta
1961


Palácio da Abolição, Fortaleza (CE)
1960
Na década de 1960 Sergio Bernardes amplia sua atuação a várias cidades do Brasil e no exterior.
Início do Projeto Brasil, que sofre inúmeras revisões até a década de 90
Atua como professor de “Composição na Arquitetura” na Faculdade Nacional de Arquitetura (FNA) no Rio de Janeiro.
Ocupa o cargo de assessor da Secretaria de Obras do Governo do Estado da Guanabara (RJ)
Projeta o Aeroporto Livre Intercontinental de Brasília (não executado).
Faz o projeto das galerias Petite Galerie do Rio e de São Paulo bem como a Galeria Bonino no Rio, criando todo o design de mobiliário e expositivo.
1962
Hotel Tropical Tambaú
1963

Inauguração oficial do Pavilhão de São Cristóvão com a abertura da Exposição Soviética da Indústria e Comércio (RJ)
Hotel Tropical Tambaú, João Pessoa (PB)
Residência Magalhães Lins (RJ)
Hotel Tropical de Manaus
Projeto para o Hotel Tropical de Manaus (AM) (não executado)
Sala Hors Concours na 6ª Bienal de São Paulo

1964
Parque Maria Cândida Pareto (RJ). Conjunto de casas no Humaitá (RJ)

1965
Publicação da Revista Manchete Rio do Futuro (RJ)
1966


1968
Fundação do Sergio Bernardes Associados Planejamento - Urbanismo - Arquitetura LTDA
Projeto para Instituto Brasileiro do Café (DF)(não executado)
Projeto para o Estádio Sport Club Corinthias Paulista (SP) (Não executado)
Projeto do Hotel Tropical de Recife, Pernambuco (Não executado)
Viaja para os Estados Unidos permanecendo por quase um ano, pesquisando as inovações tecnológicas em especial o pensamento técnico-geográfico de Buckminster Fuller, consultor especial para a geodésica do projeto do Hotel Tropical em Manaus.
Centro Industrial de Aratu (BA)
Mausoléu do Marechal Humberto Castelo Branco, Fortaleza (CE)


1969

Desenho (detalhe) Hotel Tropical de Recife
Maquete e desenhos processo construtivo do prédio IBC

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Monumento ao Pavilhão Nacional (DF), conhecido como “Mastro da Bandeira” é instalado na Praça dos Três Poderes em Brasília
Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), construído na Cidade Universitária – UFRJ, Ilha do Fundão (RJ)
1971
Escola Superior de Guerra (DF)
1970
Planetário de Brasília (DF)
1974
Projeto do Hotel Turístico de Paquetá (RJ). A proposta de um hotel construído em meio à água tem o seu memorial técnico, com plantas baixas, cortes, detalhamentos e croquis publicado na revista AB (O QUE É A REVISTA AB?) número 12 em 1980
Projeto Célula de Informação Submarina
1972
Projeto do Ministério da Marinha - Comando Naval de Brasília (DF) (Não executado)
Indústria Schering S/A (RJ)


1975


Nasce sua quarta filha, Bernarda, com Cristina Guaraná
A partir de meados da década de 1970 o escritório SBA elabora uma série de Planos Diretores e Planos políticos administrativos para diversas cidades do Brasil
Publica o livro Cidade. A Sobrevivência do Poder. Rio de Janeiro pela Editora Guavira, único livro de sua autoria
Condecorado com a Medalha do Estado da Guanabara (RJ)
Criação dos mobiliários Poltronas Berço, Poltrona Rampa e Cadeira Rede
1976
Postos de Salvamento da Orla do Rio de Janeiro (RJ)
Conjunto de edifício e espaços públicos em Caracaraí, Roraima (RR)

1979
O LIC – Laboratório de Investigações Conceituais (RJ) é criado no amplo espaço do escritório SBA na Barra da Tijuca, passando a funcionar como um centro de pesquisa, encontros e interações. O LIC possui, além de pranchetas, maquinaria e sala de reuniões, uma cinemateca com assentos de poltronas rampa, biblioteca, centro de documentação e uma cafeteria
“O LIC – Laboratório de Investigações Conceituais, uma entidade sem fins lucrativos que tem como único capital a ideia – a ideia de ser um núcleo de pensamento que intervenha na realidade atual e sugira como o Homem pode se organizar melhor no espaço, harmonizando trabalho, circulação, habitação e lazer, condições elementares de seu bem-estar.” Sergio Bernardes
Publica pelo Laboratório de Investigações Conceituais (LIC) a revista “Ecologia”, não periódica e inédita no gênero até então. Nela constam os estudos e a sua proposta “Anéis de Equilíbrio do Rio de Janeiro.” Edição em parceria com o Pedro Paulo Lomba, ecologista autor de “A Floresta dentro da cidade”. Vendida nas bancas e livrarias, também era doada para bibliotecas e entidades sem fins lucrativos
Plano Diretor de Taubaté (SP)


1980

Projeto de Visarga - Uma cidade sobre gelos eternos, Alaska (EUA)
Espaço Cultural da Paraíba (PB). “Ele não faz só o Espaço do Centro Cultural da Paraíba, ele faz toda uma dinâmica de educação e inclusão. E associa muito as outras coisas ao projeto.” - Adriana Caúla
Residência William Khoury, nomeada por Bernardes como “Palácio dos Reflexos” no Alto da Boa Vista (RJ). Bernardes se dedica a obra durante 14 anos criando tudo in loco com a participação direta dos operários, como acontece em todas as suas obras

1982
Participa do concurso Internacional de Projetos para o Parque de La Villette em Paris (FR) com o projeto “Vulcões de Paris” dedicado à Jules Verne e seu livro “Viagem ao Centro da Terra”. A proposta consistia numa “arquitetura sem presença” integrando 17 vulcões cobertos de vegetação à paisagem, potencializando o uso da área livre com a menor ocupação possível do parque
Documentário “Missão Rio” de 72 min, dirigido por Sergio Bernardes Filho, sobre o Plano Político e Administrativo do Município do Rio de Janeiro elaborado por Bernardes e produzido pelo LIC
1983
Exposição “Revolução” no MAM (RJ) apresenta suas ideias e projetos emblemáticos e atuais, através de painéis, mapas e maquetes produzidos por Bernardes e sua equipe no Laboratório de Investigações Conceituais (LIC)
Projeto Porto-Canal. Buscava a recuperação ecológica das baías (RJ) e propunha a interligação das duas baías tendo por suporte os canais já existentes de Sarapuí, Guandú e São Francisco
Projeto Lagocean I, II e II (RJ). Proposta de ligação permanente das lagoas ao oceano Atlântico. A primeira abordagem apresentada na exposição retrospectiva do arquiteto no MAM e denominada “Lagocean I” propunha para a o Canal do Jardim de Alah, entre Ipanema e Leblon, uma plataforma de 240 a 300 metros de diâmetro adentrando o mar, oferecendo em sua superfície uma marina para barcos e dois helipontos e em seus pavimentos subaquáticos, lojas e salas de espetáculos, além de estacionamento para cerca de 8 mil carros. Seguindo o mesmo modelo, o Lagocean II e III seriam para as praias da Barra da Tijuca, ampliando as linhas de ligação da cidade através do transporte marítimo
Projeto Hexágono Módulo multifuncional



1984


Revista “Módulo: Edição Especial Sergio Bernardes” é lançada, apresentando o conteúdo da Exposição MAM de 1983
Assume o cargo de Secretário de Planejamento e Coordenador Geral da Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ). Sua proposta para o município era criar células de 1 km, com escolas, postos de saúde. O projeto não chegou a ser implantado.
1985
Candidatura de Bernardes ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro
1986
Casamento com a jornalista Mariângela Emília dos Santos (Kykah)

1987
Fechamento do escritório Sergio Bernardes Arquitetura na Barra da Tijuca (RJ)

1 9 9 3
Projeto For you, Paraty. Cidade suspensa por cabos sobre a Mata Atlântica na cidade de Paraty (RJ) (Não executado)

1994
Reforma da Residência Cincinato Cajado Braga (1952) para Mansur Kathuian - Espaço dos Sete Mundos (SP)

1995
Na segunda metade da década de 1990 trabalha em diversas propostas para a cidade do Rio de Janeiro
Revitalização do Pavilhão de São Cristóvão para a candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos Panamericanos

1996
O acervo Sergio Bernardes com mais de 20.000 documentos entre desenhos, plantas, diapositivos e outros itens é recebido e guardado na Fundação Niemeyer em parceria e cooperação construída entre a viúva Kykah Bernardes e Ana Lucia Niemeyer, presidente da Fundação Niemeyer

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Recebeu o Prêmio Golfinho de Ouro na categoria Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo, oferecido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro à destaques de suas respectivas áreas
Sofre um AVC em outubro
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Morre em 15 de junho, aos 82 anos
2003
Parque Natural Municipal do Penhasco Dois Irmãos, criado em 1992, passa a ser chamado, depois de um decreto no Diário Oficial, de “Arquiteto Sérgio Bernardes”, Leblon (RJ)
2010
O primeiro livro sobre a obra de Sergio Bernardes é publicado com a produção e organização de sua última esposa, Kykah Bernardes e do curador Lauro Cavalcanti
2011
Através de um convênio de cooperação técnica para tratamento, conservação e digitação das obras, o Acervo documental de Sergio Bernardes entra em comodato no Núcleo de Pesquisa e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NPD/FAU/UFRJ)
2012
O Projeto Memória é criado dentro do Escritório Bernardes Arquitetura para preservar e divulgar a obra e o legado dos arquitetos Sergio e Cláudio Bernardes
2019
Ano do Centenário Sergio Bernardes com programação de exposições, seminários e publicações
Com curadoria de Adriana Caúla e Kykah Bernardes foram realizadas duas exposições. A primeira no Centro Carioca de Design com algumas obras construídas na cidade do Rio de Janeiro, indicadas a tombamento pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). A segunda no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro abrangendo grande parte do seu repertório arquitetônico, fazendo parte do calendário oficial do XXVII Congresso Internacional de Arquitetos / UIA 2020 e do Evento Rio Capital Mundial da arquitetura, que aconteceriam em 2020. Inaugurada em 17 de dezembro de 2019 ficaria em cartaz até 12 de abril de 2020. Entretanto, é fechada em 16 de Março, devido a pandemia da Covid-19 e definitivamente desmontada em novembro de 2020
Exposição “Três Pavilhões de Sergio Bernardes”, curadoria de Abílio Guerra e Fausto Sombra. Centro Cultural Mackenzie, São Paulo
2020
O Projeto Rio do Futuro com edição especial da Revista Manchete de 1965 é reeditado em livro, com prefácio de Alfredo Sirkis